sexta-feira, 1 de junho de 2012

Aikido - Mapa Sistêmico


- Céu -


SIGNOS IMATERAIS:

 AIKI: Signo da harmonia.

  É aplicado no combate, aproveitando a energia do ataque e revertendo-o contra ele mesmo, porém pode ser ampliado em outra perspectiva além da técnica elementar, no sentido de amar, funcionando em harmonia consigo mesmo, com outro e a natureza.

 KOKYU: Signo do ritmo.

  Na prática, se refere à percepção do fluxo e sua exploração estratégica como; na antecipação de um posicionamento do individuo. Fazendo referência a dois pólos de expressão e suas transições, para dissolver o conflito: a técnica para expandir-se, projetando a energia do ataque ou a técnica para imobilização comprimindo a energia do ataque. É a respiração, como fator primordial na harmonização, e a conexão consigo mesmo, com os demais (humanidade) e a natureza (vida).

MUSSUBI: Signo da conexão.

  Inicia a conexão em contato físico, tornando-se a movimentação do condutor unida a do conduzido. Depois o contato físico vai se dissolvendo gradativamente ate uma conexão no âmbito estratégico apenas, minimizando ou até, dispensando sua manifestação. No obstante, Mussubi se refere também a conexão essencial consigo mesmo, com o outro, ou grupo (humanidade), e com os níveis mais sublimes da natureza.


- Terra -


SIGNOS FORMAIS:

AWASE: Signo de sincronização e harmonização (interna e externa).

 A prática de Awase vem em convergência real com o Mussubi, potencializando o Kokyu vivo, e manifestando Aiki na realidade.

OMOTE - URA: Signos de invasão e evasão respectivamente.

  São referencias básicas na prática da estratégica formal, que evoluem em transições infinitas.

UKE -SHITE: Signos dos pólos antagônicos expressos em formas de ataque e defesa. Simbolizam cooperação estratégica em fluxo, provendo mutuamente, experiências legitimas e edificantes a si e ao companheiro, ampliando este potencial a níveis sutis de emissão e recepção de diferentes energias. Nessa relação, não se quer, nem fugir, nem confrontar o conflito, mas aprender a deixar-se nutrir dele até que por fim possa dissolvê-lo.


- Humanidade -


NIVEIS DE DESENVOLVIMENTO:

SHU: Signo do nível inicial, que pretende preservar o conhecimento ancestral.

  É o conhecimento elementar, o “aprendizado infantil”.


HA: Signo de quebra a instrução ancestral, na construção da própria perspectiva.


  Ao longo deste nível se aprofunda um diálogo mais direto com a própria arte, em que as perspectivas individuais são checadas na sua prática. Até que na sua fase final inicia-se o desapego das próprias perspectivas.

RI: Signo de corte dos laços da forma.


  Simboliza o desprendimento da forma, num estado permanente e criativo de harmonia com o fluxo. Naturalmente, esse é um estado para poucos, mas é importante notar que, não só há pessoas em níveis diferentes, como há níveis diferentes na mesma pessoa.


NATUREZAS DA PRÁTICA:


KOTAI: Signo do estado sólido.

  Simboliza a prática em condições claras e bem definidas. Kotai é uma forma de praticar que favorece o iniciante, tanto pela clareza das informações, como por permitir a fragmentação do movimento.


JUTAI: Signo do fluxo.

  Simboliza o fim da solidez e da clareza das informações, e o inicio do fluxo e da ambigüidade das informações. O contato ainda está claro, mas as informações já não são tão definidas e seguras, e a dinâmica se faz natural diante da modulação contínua da forma.

EKITAI: Signo do estado líquido.


  Simboliza grande adaptabilidade. Nessa prática, o contato é mínimo e o fluxo segue de forma ininterrupta, mas ainda com contato.


 KITAI: Signo do estado gasoso.

  Simboliza condições realmente abstratas que se processam no nível mais sutil. A natureza de prática aqui é inversa as anteriores, que agem de fora para dentro, enquanto em Kitai, se age de dentro para fora. Quando o ato Jutsu é devidamente percebido e apreciado a manifestação do Kitai e espontânea.



 Kanagara Tamatihae Masse

 Prometendo cumprir a vontade essencial Divina (Kanagara)
 Desejando a ampliação da nossa alma (Tamatihae Masse).

Um comentário:

  1. Não se deve confundir a prática em Kotai com uma excessiva atenção a detalhes, que na verdade apenas restringe a expressão corporal do aluno iniciante e pode tornar a prática menos prazerosa e até mesmo frustrante. Permitir que o aluno cometa erros faz parte do processo de aprendizagem - deve-se apenas evitar que os erros se transformem em vícios de postura ou movimentos.

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